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quarta-feira, 29 de abril de 2020
ATIVIDADE DAS TURMAS 3º A e B (REGULAR) - PROF CAMILA MIRANDA
Hoje
vamos dar prosseguimento aos nossos estudos referentes às Vanguardas Europeias.
Vimos nos vídeos da atividade passada um pouco do que seria esse movimento
vanguardista (à frente do seu tempo), trazendo propostas ousadas, que buscavam
impactar a sociedade para chamar a atenção sobre diversos assuntos.
Começaremos
por um movimento que traz consigo muitas discussões políticas e ideológicas,
visto que, dentre outros fatores, o Futurismo “flertava” com formas de governo
antidemocráticas, mas isso não quer dizer que os artistas futuristas eram todos fascistas, por exemplo, já que um movimento serve de inspiração e o artista tem
a liberdade de “escolher” os pontos convergentes entre sua prática e o que o
movimento propõe).
Então,
vamos lá!
Realizem
a leitura dos textos abaixo:
TEXTO 1
As vanguardas
europeias configuraram uma época marcada por grandes movimentos
artísticos e culturais iniciados na Europa a partir do século XX. As escolas
serviram de inspiração em diversos segmentos das artes plásticas (literatura,
pintura, escultura, etc.). A palavra Vanguarda surgiu do termo francês
“avant-garde”, e significa a “guarda avançada” ou “o que marcha na frente”, que
pressupõe, nesse contexto, ser um movimento pioneiro das Artes.
Dessa forma, as vanguardas
europeias derrubaram os paradigmas criados por outras tendências artísticas
apresentadas durante o século XIX, pois o olhar dos artistas desse período
era direcionado para o futuro.
O objetivo era
introduzir na Arte o sentimento de libertação, inovação, a subjetividade e até
mesmo um pouco de Irracionalismo. Dessa forma, o movimento
provocou uma grande ruptura na tradição cultural dos anos anteriores.
Nessa época, as vanguardas
europeias que mais se destacaram foram: o Dadaísmo o Expressionismo,
o Futurismo,
o Surrealismo e o Cubismo.
Todas elas unidas em um único propósito: a renovação da Arte tradicional.
Futurismo
A grande expressão desse
movimento foi a valorização dada às máquinas e às novas tecnologias nas
principais obras artísticas, pois, o Futurismo surgiu em um período que a
Europa vivenciava os impactos provocados pela Revolição Industrial.
Como principal característica,
o Futurismo tem caráter radical,
utilizando os símbolos no lugar das palavras, rompendo com a gramática e
defendendo a propaganda como ferramenta principal da comunicação.
TEXTO 2
MANIFESTO
FUTURISTA (Publicado em 20 de Fevereiro de 1909, no jornal “Le
Figaro”)
1.
Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.
2.
A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.
3.
A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós
queremos exaltar o movimento agressivo, a insónia febril, o passo de corrida, o
salto mortal, o bofetão e o soco.
4.
Nós afirmamos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a
beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com o seu cofre enfeitado com
tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo… um automóvel
rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de
Samotrácia.
5.
Nós queremos glorificar o homem que segura o volante, cuja haste ideal
atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.
6.
É preciso que o poeta prodigalize com ardor, esforço e liberdade, para aumentar
o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
7.
Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter
agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento
assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do
homem.
8.
Nós estamos no promontório extremo dos séculos!… Por que haveríamos de olhar
para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e
o Espaço morreram ontem. Já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a
eterna velocidade omnipotente.
9.
Queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo –, o militarismo, o
patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se
morre e o desprezo pela mulher.
10.
Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda a natureza, e
combater o moralismo, o feminismo e toda a vileza oportunista e utilitária.
11.
Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela
sublevação; cantaremos as marés multicores e polifónicas das revoluções nas
capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos
estaleiros incendiados por violentas lutas eléctricas; as estações esganadas,
devoradoras de serpentes que fumam; as fábricas penduradas nas nuvens pelos
fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes
que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos
aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam
sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo
rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece
aplaudir como uma multidão entusiasta.
TEXTO 3
MANIFESTO
TÉCNICO DA LITERATURA FUTURISTA
Em 11 de
maio de 1912, Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944), publica em Milão, seu
segundo manifesto: o Manifesto Técnico da Literatura Futurista; provavelmente
o texto mais ousado das vanguardas europeias. Nenhum outro manifesto foi tão
longe na tentativa de normatizar os métodos de composição de uma obra literária
modernista. Resumidamente, temos:
Manifesto
Técnico da Literatura Futurista
No
aeroplano, sentado sobre o cilindro da gasolina, queimado o ventre da cabeça do
aviador; senti a inanidade ridícula da velha sintaxe Herdade de Homero. Desejo
furioso de libertar as palavras, tirando-as para fora da prisão do período
latino! Este tem naturalmente, como cada imbecil, uma cabeça previdente, um
ventre, duas pernas e dois pés chatos, mas não possuirá nunca duas asas. Apenas
o necessário para caminhar, para correr um momento e fechar-se quase
repentinamente bufando!...
Eis o que
me disse a hélice em movimento, enquanto eu corria a duzentos metros sobre as
possantes chaminés de Milão:
1. É
preciso destruir a sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem.
2.
Devemos empregar o verbo no infinitivo, para que se adapte elasticamente ao
substantivo e não o submeta ao "eu" do escritor que observa ou
imagina. O verbo no infinito pode, sozinho, dar o sentido de continuidade da
vida e a elasticidade da intuição que a percebe.
3.
Deve-se abolir o adjetivo, para que o substantivo, desnudo conserve a sua cor
essencial. O adjetivo, tendo em si um caráter de esbatimento, é incompatível
com a nossa visão dinâmica, uma vez que supõe uma parada, uma meditação.
4.
Deve-se abolir o advérbio, velha fivela que une as palavras umas as outras. O
advérbio conserva a frase numa fastidiosa unidade de tom.
5.
Deve-se abolir a pontuação e a suprimir os elementos de comparação.
6.
Façamos uso de símbolos matemáticos e musicais.
Definição
O Manifesto Futurista, de autoria do poeta italiano Filippo
Tommaso Marinetti (1876 - 1944), é publicado em Paris em 1909. Nesse primeiro
de uma série de manifestos veiculados até 1924, Marinetti declara a raiz italiana
da nova estética: "...queremos libertar esse país (a Itália) de sua fétida
gangrena de professores, arqueólogos, cicerones e antiquários". Falando
da Itália para o mundo, o futurismo coloca-se contra o "passadismo"
burguês e o tradicionalismo cultural.
À opressão do passado, o movimento opõe a glorificação do
mundo moderno e da cidade industrial. A exaltação da máquina e da
"beleza da velocidade", associada ao elogio da técnica e da ciência,
torna-se emblemática da nova atitude estética e política. Uma outra
sensibilidade, condicionada pela velocidade dos meios de comunicação, está na
base das novas formas artísticas futuristas.
Movimento de origem literária, o
futurismo se expande com a adesão de um grupo de artistas reunidos em torno do
Manifesto dos Pintores Futuristas e do Manifesto Técnico dos Pintores
Futuristas (1910). A partir de então, se projeta como um movimento artístico
mais amplo, que defende a experimentação técnica e estilística nas artes em
geral, sem deixar de lado a intervenção e o debate político-ideológico. [...]
Dinamismo e simultaneidade são termos paradigmáticos da
proposta futurista. [...] A forte politização do movimento é outro traço
marcante e distintivo da arte futurista. A base ideológica do movimento
é anticlerical - revelam os manifestos políticos lançados em 1909, 1911,
1913 e 1918 - e, em seguida, antissocialista, pela defesa da modernização da
indústria e da agricultura, do irredentismo e de uma política exterior
agressiva. As afinidades com o fascismo, entrevistas pelo nacionalismo e
pela exaltação do ímpeto e da ação, se concretizam quando diversos membros do
grupo aderem ao partido fascista. Em Futurismo e Fascismo (1924),
Marinetti reúne discursos e relatos em que apresenta o futurismo como parceiro
e precursor do fascismo.
As propostas futuristas impregnam diversas artes. Na
música, o teórico, pintor e músico Russolo defende "a arte dos
ruídos", pela criação de instrumentos que produzem surpreendente gama de
sons (os "entoadores de ruídos"). Nas artes cênicas, o teatro
sintético futurista (1915) prevê ações simultâneas que tomam o palco
e a plateia. A ênfase na invenção cênica aparece nos posteriores Teatro
da Surpresa (1922) e no Teatro Visionário (1929).
As experiências futuristas com o cinema, por sua vez, acompanham o movimento a
partir de 1915, e mobilizam Marinetti, Balla, entre outros (Vida Futurista,
1916). O cinema é visto como a nova forma de expressão artística que atenderia
à necessidade de uma expressividade plural e múltipla, declara o manifesto
Cinema Futurista (1916). A arquitetura visionária de A. Sant´Elia (1888 - 1916)
é mais um exemplo da extensão do projeto futurista.
[...]
Os modernistas reunidos na Semana de Arte
Moderna de 1922, em São Paulo, recebem imediatamente a alcunha
de "futuristas" (configuram o chamado futurismo paulista),
em virtude das propostas estéticas renovadoras e das intervenções estéticas de
vanguarda. A consideração cuidadosa das obras de modernismo, entretanto,
permite aferir a distância entre a vanguarda modernista brasileira e a
italiana.
ANÁLISE DE
OBRA FUTURISTA:
Em 1913 o futurista Umberto Boccioni escrevia para o
crítico de arte e dono da Galleria Futurista de Roma e Nápoles, Giuseppe
Sprovieri, sobre sua mais recente escultura, Formas Únicas de Continuidade no
Espaço: “é o meu último trabalho, e o mais livre”, é também aquele que, no
entendimento do artista, apresentaria todas as características necessárias a uma
escultura verdadeiramente moderna.
Formas
Únicas de Continuidade no Espaço é considerada desde então, por críticos, além
do próprio artista, a síntese máxima da produção escultórica de Boccioni.
A figura humana, que parece caminhar, está representada em
diferentes momentos simultaneamente. Apesar de originalmente construída em
gesso, suas versões em bronze são as que predominantemente fazem parte de um
inconsciente coletivo. O metal, rejeitado por Boccioni como possibilidade
plástica, enfatiza a estética da máquina, cara à poética futurista, dando ainda
mais suporte à interpretação da figura como uma espécie de soldado, hibrido de
máquina e homem. No entanto é o gesso, aliado a ausência de braços que torna o
corpo mais livre e induz o observador a focar nas saliências dessa figura
levando a um maior percepção do movimento.
A escultura parece atingida por uma ventania, que fazendo
força na direção contrária à marcha torna o movimento arrastado, ainda mais
contínuo. Parte de uma série de formas humanas produzidas em gesso pelo artista
entre os anos de 1912 e 1913 foi a única dessas esculturas a sobreviver ao
tempo.
MAIS OBRAS FUTURISTAS:
Velocidade
do Automóvel (1913),
de Giacomo Balla
O Dinamismo de um Automóvel (1913), de Luigi
Russolo
Retrato de Marinetti (1925)
de Enrico Prampolini.
O Cavaleiro Vermelho (1913)
de Carlo Carrá
Arranha-céus e túneis (1930)
de Fortunato Depero
Referências:
ARGAN,
Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos
contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992.
BRADBURY,
Malcom & McFARLANE, James. Modernismo. Guia geral. Tradução Denise
Bottmann. São Paulo: Cia. das Letras, 1998, 556 p.
CHILVERS,
Ian (org.). Dicionário Oxford de arte. Tradução Marcelo Brandão
Cipolla. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
FABRIS,
Annateresa. O Futurismo paulista: hipóteses para o estudo da
chegada da vanguarda ao Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1994. (Estudos, 138).
LA
NUOVA ENCICLOPEDIA DELL´ARTE GARZANTI. Milão: Garzanti Editore, 1986. 1112p.
il. p&b, color
ATIVIDADE:
Em seus
cadernos, produzam uma obra “Futurista”. Pode ser um desenho, uma colagem, um
poema ou a tentativa de reescrever um dos manifestos que vimos acima; enfim, o
importante é que sua manifestação
artística tem de ter características que pertençam ao movimento futurista.
segunda-feira, 27 de abril de 2020
domingo, 12 de abril de 2020
ATIVIDADE PARA 1º ANO INTEGRAL PROFº FABIANA
Chega! (Gabriel, o Pensador, 2015)
[Refrão]
Chega! Que mundo é esse, eu me pergunto
Chega! Quero sorrir, mudar de assunto
Falar de coisa boa mas na minha alma ecoa
Agora um grito eu acredito que você vai gritar junto
[Estrofe 1: Gabriel, o Pensador]
A gente é saco de pancada há muito tempo e aceita
Porrada da esquerda, porrada da direita
É tudo flagrante, novas e velhas notícias
Mentiras verdadeiras, verdades fictícias
Política prende o bandido, bandido volta pra pista
Bandido mata o polícia, polícia mata o surfista
O sangue foi do Ricardo, podia ser do Medina
Podia ser do seu filho jogando bola na esquina
Morreu mais uma menina, que falta de sorte
Não traficava cocaína e recebeu pena de morte
Mais uma bala perdida, paciência
Pra ela ninguém fez nenhum pedido de clemência
[Refrão]
Chega! Que mundo é esse, eu me pergunto
Chega! Quero sorrir, mudar de assunto
Falar de coisa boa mas na minha alma ecoa
Agora um grito eu acredito que você vai gritar junto
Chega! Vida de gado, resignado
Chega! vida de escravo de condenado
A corda no pescoço do patrão e do empregado
Quem trabalha honestamente tá sempre sendo roubado
[Estrofe 2: Gabriel, o Pensador]
Chega! Água que falta, mágoa que sobra
Chega! Bando de rato, ninho de cobra
Chega! Obras de milhões de reais
E milhões de pacientes sem lugar nos hospitais
Chega! Falta comida, sobra pimenta
Repressão que não me representa
Chega! Porrada pra quem ama esse país
E bilhões desviados debaixo do meu nariz
Chega! Contas, taxas, impostos, cobranças
Chega! Tudo aumenta menos a esperança
Multas e pedágios para o cidadão normal
E perdão pra empresas que cometem crime ambiental
Chega! Um para o crack, dois para a cachaça
Chega! Pânico, morte, dor e desgraça
Chega! Lei do mais forte, lei da mordaça
Desce até o chão na alienação da massa:
Eu vou, levanta o copo e vamos beber!
Um brinde aos idiotas incluindo eu e você
[Estrofe 3: Gabriel, o Pensador]
Democracia, que democracia é essa?
O seu direito acaba onde começa o meu, mas onde o meu
começa?
Os ratos fazem a ratoeira e a gente cai
Cada centavo dos bilhões é da carteira aqui que sai
E a gente paga juros paga entrada e prestação
Paga a conta pela falta de saúde e educação
Paga caro pela água, pelo gás, pela luz
Pela paz, pelo crime, por Alá, por Jesus
Paga importo paga taxa, aumento do transporte
Paga a crise na Europa e na América do norte
Os assassinos da FEBEM, o trabalho infantil na China
E as empresas e os partidos envolvidos em propinas
[Refrão]
Chega! Que mundo é esse, eu me pergunto
Chega! Quero sorrir, mudar de assunto
Falar de coisa boa mas na minha alma ecoa
Agora um grito eu acredito que você vai gritar junto
Chega! Vida de gado, resignado
Chega! vida de escravo de condenado
A corda no pescoço do patrão e do empregado
Quem trabalha honestamente tá sempre sendo roubado
[Estrofe 4: Gabriel, o Pensador]
Presidente, deputados, senadores, prefeitos
Governadores, secretários, vereadores, juízes
Procuradores, promotores, delegados, inspetores
Diretores, um recado pras senhoras e os senhores:
Eu pago por tudo isso, imposto sobre o serviço
A taxa sobre o produto, eu pago no meu tributo
Pago pra andar na rua, pago pra entrar em casa
Pago pra não entrar no SPC e no SERASA
Pago estacionamento, taxa de licenciamento
Taxa de funcionamento liberação e alvará
Passagem, bagagem, pesagem, postagem
Imposto sobre importação e exportação, IPTU, IPVA
O IR, o FGTS, o INSS, o IOF, o IPI, o PIS, o COFINS e o
PASEP
A construção do estádio, o operário e o cimento
Eu pago o caveirão, a gasolina e o armamento
A comida do presídio, o colchão incendiado
Eu pago o subsídio absurdo dos deputados
A esmola dos professores, a escola sucateada
O pão de cada merenda, eu pago o chão da estrada
Na compra de cada poste eu pago a urna eletrônica
E cada arvore morta na nossa selva amazônica
Eu pago a conta do SUS e cada medicamento
A maca que leva os mortos na falta de atendimento
Paguei ontem, pago hoje e amanhã vou pagar
Me respeita! Eu sou o dono desse lugar!
Chega!
INTERPRETAÇÃO
1. A letra da música “Chega” faz um retrato do contexto
social do nosso país. Afinal, que problemas sociais são levantados na música?
2. Com que intenção o autor da música apresenta esses
problemas sociais?
3.Separe a crítica central de cada estrofe da música
“Chega” e em seguida transcreva um trecho que exemplifique.
4. Essa música é um texto
literário. Escolha um tema (problema social) abordado na música e escreva um
texto não literário. (MÍNIMO DE 15 LINHAS)
ATIVIDADE PARA AS TURMAS DE 1º ANO REGULAR - PROFº VIRGÍNIA
Texto de abertura:
Nesse segundo momento de
trabalharmos com Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, deixo claro para
vocês das turmas de 1º ano como irão
desenvolver os estudos dessa semana
sobre Variações Linguísticas
2- Ler todo o slide;
3- Deixar no caderno as respostas da atividade proposta.
ATIVIDADE
SOBRE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
1.
Observe
a imagem abaixo e responda as perguntas a seguir:
a) Qual
tipo de linguagem o personagem da imagem acima usou para se expressar:
linguagem culta ou coloquial?
b) Observando
bem a imagem, diga pelo menos dois fatores que contribuem para que o personagem
fale dessa forma?
c) Esse
jeito como o personagem falou dar para o ouvinte/leitor compreender?
d) Essa
linguagem usada por ele é considerada “correta” ou “errada”? Por que?
e) Reescreva
essa fala do personagem seguindo a norma culta da linguagem.
2. Leia o texto abaixo
e responda as questões sugeridas:
Nos últimos meses, as
prefeituras municipais de todo o Brasil, em especial as da Região Nordeste e
Norte têm sofrido com a queda de suas receitas devido o Governo Federal ter
reduzido a zero um imposto que beneficiou as montadoras de carro, mas que
provocou o chamado “efeito dominó”, afetando os cofres de milhares de
municípios pobres ou de renda per capita muito baixa.
(Jornal Folha de São
Paulo, 20/03/2012)
|
a) Que
tipo de texto é esse acima?
b) Que
linguagem foi usada para escrever esse texto?
c) Por
que foi usado esse tipo de linguagem e não outra?
3. Leia a música a seguir e faça o que se pede:
Tenho visto tanto coisa
nesse mundo de meu Deus
Coisas que prum cearense
não existe explicação Qualquer pinguinho de chuva fazer uma inundação
Moça se vestir de cobra
e dizer que é distração
Vocês cá da capitá me
adiscurpe essa expressão
No Ceará não tem disso
não...
Tem disso não, tem disso
não...
(Luiz Gonzaga)
|
a) Que linguagem foi usada para escrever essa música?
b) Essa linguagem atrapalhou no entendimento da música?
c) Se essa música fosse escrita/cantada seguindo a risca
a norma culta da língua, continuaria com a mesma beleza melódica?
d) Retire desta música palavras e expressões da
linguagem coloquial?
4. Que tipo de linguagem (culta ou coloquial)
podemos ou devemos usar nas seguintes situações:
a) Falando em público sobre
política.________________________________
b) Numa pequena mensagem de celular para um amigo
próximo. ____________________________________________
c) Numa pequena mensagem de celular para o seu professor
de português. ________________________________________
d) Numa carta de reclamação para a presidente Dilma.
_______________________________________________
e) Numa conversa na praça entre
amigos._________________________________
f
f) Um debate numa conferencia nacional sobre meio
ambiente.__________________________
g) Um bilhete para irmã explicando que você foi à
padaria comprar pão._____________________
h) Um bilhete
para a diretora da sua escola explicando o porquê da sua falta de
hoje.___________________________________
i) Uma
redação solicitada pelo professor de português.______________________________
5. Leia o texto retirado do Orkut de
um adolescente e responda as perguntas:
E aí, moral! Tu vai p/
ksa do Paulin estudar hj?
Se for, chama o kbça tbm
q ele disse q keria ir.
Vlw, muleq! Jo@o
|
a) A linguagem deste texto é considerada
culta ou coloquial?
b) Por
que o autor desta mensagem escreveu para o colega usando essa escrita?
c) Essa
escrita pode ser usada nos trabalhos escolares? Por que?
d) Essa
escrita atrapalhou o seu entendimento do texto?
e) Reescreva
essa mesma mensagem usando a norma culta da língua.
f) Retire
desta mensagem duas expressões que são consideradas gírias.
Enem – 2013
As charges podem fazer uma crítica social, cultural ou política. Disponível em: http://tv-video-edc.blogspot.com
6. A
charge revela uma crítica aos meios de comunicação, em especial à internet,
porque
a) Questiona a integração das
pessoas nas redes virtuais de relacionamento.
b) Considera as relações
sociais como menos importantes que as virtuais.
c) Enaltece a pretensão do
homem de estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
d) Descreve com precisão as
sociedades humanas no mundo globalizado.
e) Concebe a rede de
computadores como espaço mais eficaz para a construção de relações sociais.
7. Leia o texto
abaixo e assinale a única alternativa
correta:
“Iscute
o que to dizeno,
Seu dotor,
seu coroné:
De
fome tão padeceno
Meus
fio e minha muiér.
Sem
briga, questão nem guerra,
Meça
desta grande terra
Umas
tarefas pra eu!
Tenha
pena do agregado
Não
me dexe deserdado
Daquilo
que Deus me deu”
(Patativa
do Assaré)
|
Esse
falante, pelos elementos explícitos e implícitos no poema, é identificável
como:
a) Escolarizado
proveniente de uma metrópole.
b) Sertanejo
de uma área rural.
c) Idoso
que habita uma comunidade urbana.
d) Escolarizado
que habita uma comunidade no interior do país.
e) Estrangeiro
que imigrou para uma comunidade do sul do país.
8. Leia a música
abaixo e marque a única alternativa correta:
Esmola
Uma esmola pelo amor de Deus
Uma esmola, meu, por caridade
Uma esmola pro ceguinho, pro
menino
Em toda esquina
tem gente só pedindo.
Uma escola pro desempregado
Uma esmola pro preto, pobre,
doente
Uma esmola pro que resta do Brasil
Pro mendigo, pro indigente (...)
(Samuel Rosa/Chico Amaral)
|
A
música registra um pedido de esmola, em que o eu - lírico utiliza uma
linguagem:
a) Pouco
compreensiva, já que contém vários erros de gramática.
b) Coloquial,
crítica, compreensiva, comunicável.
c) Imprópria
para os poemas da literatura brasileira.
d) Crítica,
porém não-coloquial.
e) Descuidada
e cheia de repetições.
9.Analise as
proposições com relação à música “Asa Branca” de Luiz Gonzaga e responda
corretamente:
“Quando
oiei a terr’ ardeno
Na
fogueira d’san João
Eu
preguntei a Deus do céu ai
Pro
que tamanha judiação (...)”
|
( ) Este
trecho, em uma análise linguística, está correto, pois, apesar dos desvios da
norma culta, o trecho não apresenta dificuldades para a compreensão.
( ) Por
se tratar de expressões regionais este trecho não pode ser considerado como
erro gramatical.
( ) A
música regional tem grande aceitação, principalmente, na região do compositor,
mas, podemos dizer que as falhas linguísticas prejudicam a aceitação da música
Asa Branca.
A
sequência correta é:
a) VFF b)
VVV c) FFF d) FVF e) VVF
10. Com
relação ao texto retirado do Orkut, assinale a alternativa correta:
Vc
viu como ele xegô em kza hj? Tôdu blz!
|
a) Não
pode ser considerado um texto, visto que não cumpre sua função comunicativa.
b) Por
ter palavras abreviadas em excesso está totalmente contrariando as regras da
gramática, logo não é um texto.
c) Esse
tipo de escrita é valorizado em qualquer meio de comunicação formal.
d) Mesmo
por se tratar de linguagem abreviada, cumpre sua função comunicativa, mas só
deve ser utilizada situações informais como internet, celular etc.
11.(ENEM
/ 2008) Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal,
ou coloquial, da linguagem.
a) “Tá legal, espertinho!
Onde é que você esteve?!”
b) “E lembre-se: se você
disser uma mentira, os seus chifres cairão!”
c) “Estou atrasado porque
ajudei uma velhinha a atravessar a rua…”
d) “…e ela me deu um anel
mágico que me levou a um tesouro”
e) “mas bandidos o
roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão…”
12.
Leia os textos abaixo para responder à questão:
(Texto 1) Descuidar
do lixo é sujeira
Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da
prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada
dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches.
Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão
ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão.
(Veja São Paulo, 23-29/12/92)
(Texto 2) O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J.
Olympio/MEC, 1971, p.145)
I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a
linguagem predominante é a literária, pois sua principal função é informar o
leitor sobre os transtornos causados pelos detritos.
II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a
linguagem não literária é predominante, pois o poeta faz uso de uma linguagem
objetiva para informar o leitor.
III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é
informar sobre o lixo que diariamente é depositado nas calçadas através de uma
linguagem objetiva e concisa, marca dos textos não literários.
IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e
apresenta uma linguagem plurissignificativa, isto é, permeada por metáforas e
simbologias, traços determinantes da linguagem literária.
Estão corretas as proposições:
a) I, III e IV.
b) III e IV.
c) I, II, III e IV.
d) I e IV.
e) II, III e IV.
BONS ESTUDOS!!!!!!!
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