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quinta-feira, 28 de maio de 2020


ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA – 1* Ano Integral                                                         
AMBIGUIDADE/ IRONIA

Ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas palavras ou expressões apresentam, dificultando a compreensão do enunciado.

ATIVIDADE 1

Leia atentamente a placa ao lado para responder às questões:



                                              ARQUIVO PESSOAL
                                              Placa informativa no Parque Portugal, em Campinas.

a. O autor da placa pretendia deixar clara uma proibição referente ao uso dos  pedalinhos. Que proibição é essa?

b. Do modo como foi escrita a advertência, ela permite uma segunda interpretação. Qual seria ela?

c. As duas interpretações possíveis para a advertência feita na placa são provocadas por uma ambiguidade estrutural. Por quê?

 d. Como a advertência deveria ser redigida para evitar a ambiguidade estrutural?

Ironia é o efeito resultante do uso de uma palavra ou expressão que, em um contexto específico, ganha sentido oposto ou diverso daquele que habitualmente tem.

ATIVIDADE 2



Leia com atenção a charge.





MONTANARO, João. Folha de S.Paulo. São Paulo, 29 mar. 2014. Disponível em: . Acesso em: 2 mar. 2016.


João Montanaro faz, na charge, um jogo intencional ao estabelecer uma relação entre a visão do que um homem machista julga ser o comprimento adequado de uma saia (30 cm) e uma postura que denota pouca inteligência (supor que, no século XXI, as mulheres vão aceitar resignadamente que os homens determinem como devem se vestir). O leitor, ao constatar que a mulher utiliza a mesma medida (30 cm) para aludir à pequenez do cérebro desse homem, entende que o autor da charge pretendeu ironizar comportamentos machistas.

A análise do diálogo entre o homem e a mulher, na charge, deixa claro que, muitas vezes, as falas e os textos não devem ser interpretados ao pé da letra. Como vimos, a resposta da mulher ao comentário machista feito pelo homem deve ser entendida, no contexto da tira, como uma afirmação claramente irônica.

a. A charge apresenta um momento da conversa de um casal. Com base nesse diálogo, explique qual o tema provável da conversa entre as personagens.

b. O que o comentário feito pelo homem revela sobre o modo como ele vê as mulheres? Explique.

c. O que o comentário feito pela mulher revela sobre o modo como ela encara a postura assumida pelo homem?

d. Como deve ser entendida a fala da mulher no contexto da charge?

A função crítica da ironia

É frequente encontrarmos ironia em diferentes textos com os quais entramos em contato diariamente. Para o desenvolvimento da nossa competência de bons leitores, é essencial que saibamos identificar a ocorrência da ironia nos textos, pois somente assim seremos capazes de dar a esses textos a interpretação pretendida pelo seu autor.

Observe o cartum.


                                              ANGELI. Folha de S.Paulo. São Paulo, 25 abr. 2005.



O cartum é um gênero textual que tem como uma de suas características promover uma reflexão crítica sobre situações políticas, econômicas e sociais da atualidade.
Espera-se que, em uma sociedade democrática, todos os cidadãos tenham direitos e deveres iguais. No cartum, observa-se uma família de brasileiros pobres barrada à porta do Clube Brasil por não serem “sócios”.
É irônico que brasileiros pobres, vivendo em um país supostamente democrático, não possam participar da “festa”. Esse termo, usado também em sentido irônico, leva a concluir que apenas os privilegiados (os “sócios”) têm direito, em uma sociedade com grande desigualdade social, de fazer parte do “clube da democracia” a que, constitucionalmente, todos deveriam ter acesso. O cartunista, por meio da ironia, denuncia a existência no Brasil de diferentes “categorias” de cidadãos.

• A ironia como recurso literário

A ironia é um recurso muito utilizado por autores de textos literários. Em alguns casos, ela chega a definir um estilo. É o que acontece na obra de Machado de Assis. Um narrador descrente da condição humana, como Brás Cubas, faz da ironia uma verdadeira arma para denunciar a hipocrisia de seus semelhantes.


ATIVIDADE 3

Observe atentamente a charge a seguir para responder às questões abaixo.


a.O humor da charge é desencadeado pela pergunta feita pelo frentista após o comentário do consumidor. Como deve ser entendido o desejo manifestado pelo consumidor?

b.Embora o frentista dirija duas perguntas ao consumidor, o leitor da charge deve compreender que ele está, na verdade, fazendo um comentário. Qual a natureza desse comentário? Explique.

PRODUÇÃO DE TEXTO

A partir disso, pressupõe-se que chargistas se valem da NOTÍCIA para compor sua arte. Faça o caminho inverso. Produza a notícia que poderia ter influenciado o chargista abaixo no momento de sua criação.
  • A notícia produzida deve ter no mínimo 20 linhas e ser escrita com caneta azul ou preta no caderno


Atenção às características desse gênero textual

 Uma notícia é uma narração ordenada, objetiva e clara de fatos recentes ou de situações, com interesse público, sem comentários nem apreciações.

PARA AS TURMAS 3º A e B REGULAR. PROF CAMILA MIRANDA


Olá, pessoal!
Iremos começar a conhecer um pouco sobre o Cubismo.
Aconselho que assistam ao vídeo abaixo, pois ele é bastante didático e traz informações relevantes sobre o tema:

Por favor, façam a leitura do material abaixo e das páginas 38 e 39 do livro didático.


CUBISMO

Manifestação artística que usava as formas geométricas para retratar a realidade


Cubismo surgiu na França, em meados do século XX, e causou uma grande mudança no estilo artístico e cultural da época. A utilização de formas geométricas, como cubos e cilindros, nas artes plásticas é uma das principais características.
A importância do cubismo para a história da arte mundial deve-se, principalmente, por romper com os padrões clássicos que existiam naquele período, quando a representação realista da natureza e a perfeição das formas eram as principais marcas estéticas.


Contexto histórico

Em meio à Revolução Industrial que ocorria no século XX, as grandes potências disputavam o poder e havia um sentimento generalizado de mudanças, que influenciou também as artes. 
Os artistas buscavam novas linguagens e novas formas de expressões artísticas, sem o conservadorismo existente até então. Daí o surgimento do cubismo em 1907, com a tela “Les Demoiselles d’Avignon” (As Damas de Avignon), de Pablo Picasso. Nessa obra, que foi considerada um marco inicial desse movimento artístico, a nudez feminina foi retratada de maneira diferente. As formas reais do corpo foram substituídas por figuras geométricas. 



“Les Demoiselles d’Avignon” (1907), de Pablo Picasso, marco do Cubismo. (Foto: Flickr)


Nessa pintura também é possível perceber as influências africanas e de obras do pós-impressionismo do francês Paul Cézanne, que já representavam a natureza das formas com aspectos geométricos em suas pinturas.
Dessa forma, Picasso, juntamente com o pintor e escultor francês Georges Brasque, fundaram o cubismo. Essa manifestação chegou ao fim em 1914, com a declaração do início da Primeira Guerra Mundial.

Principais Características do Cubismo

Com o cubismo teremos um tratamento geométrico das formas da natureza.
Assim, elas passam a ser representadas pelos objetos em todos os seus ângulos no mesmo plano, constituindo uma figura em três dimensões. Predominam as linhas retas, modeladas basicamente por cubos e cilindros, dada a geometrização das formas e volumes.
Essa técnica que renuncia à perspectiva, assim como ao "claro-escuro", causa uma sensação de pintura escultórica.
No plano conceitual, o cubismo pode ser considerado como uma arte que privilegia o exercício mental como maneira de expressão das ideias. Ao romper com a perspectiva consagrada das linhas de contorno, a natureza passa a ser retratada simplificadamente. Isso permite maior abstração sobre os atributos estéticos da obra, ao mesmo tempo em que recusa a ideia de arte enquanto pura imitação da natureza. Sobre isso, Georges Braque afirmou: “Não se imita aquilo que se quer criar”.
Vale citar que este estilo abandona distinções entre forma e fundo ou qualquer noção de profundidade. Os temas como naturezas mortas urbanas e retratos são utilizados pelos pintores cubistas como recursos para experimentar e criar baseados nas particularidades dessa vertente.


Fases do Cubismo




O cubismo durou entre os anos de 1907 e 1914 e foi dividido em três fases. A primeira delas, chamada de cézzaniana ou analítica, ocorreu entre os anos de 1907 e 1909. O nome deve-se ao destaque das obras de arte de Paul Cézanne nesse período.

Autorretrato (1907) de Pablo Picasso

 Na sequência, entre 1909 e 1912, surgiu a fase analítica ou hermética. A principal característica desse período foi a decomposição da obra em todas as suas formas, o que permitia a visualização dos elementos de uma pintura em ângulos variados. Também nesse momento houve um destaque das obras de Picasso e Braque. As cores cinza, bege e castanho eram as mais utilizadas.



                                            
À esquerda, O poeta (1911), de Picasso. À direita, Violino e Castiçal (1910), de Braque.


A última fase foi o cubismo sintético, em 1911. As cores escuras e marcantes ganharam destaque, além da utilização da colagem de objetos inteiros nas pinturas, como pedaços de madeira, vidro, metal, números, palavras e letras. Isso era utilizado pelos artistas como uma maneira de possibilitar mais do que sensações apenas visuais, mas também sensações táteis.


                                                  
À esquerda, Homem no Ca À esquerda, Homem no Café (1914), de Juan Gris. À direita, Mulher com Violão (1908), de Braque fé (1914), de Juan Gris. À direita, Mulher com Violão (1908), de Braque


Cubismo e Ciência

No início do século XX houve uma admirável convergência de saberes e interesses de vários campos do conhecimento. Nesse momento, a arte irá se colocar, especialmente com o cubismo, em sintonia com investigações científicas de ponta que ocorriam na física e na geometria.
Quando o cubismo rompeu com séculos de prioridade do uso da perspectiva na representação pictórica, acabou por conduzir às noções geométricas de hiper poliedros e multidimensionalidade.
Isso permitiu aos artistas cubistas a formulação de um conceito espacial até então inédito, a saber, a "quarta dimensão". Nela, as propriedades espaço-temporais estão em afinidade com a "Teoria da Relatividade" (1905) de Einstein.

Cubismo no Brasil

Apesar desse movimento artístico-cultural ter se encerrado na Europa em 1914, só destacou no Brasil somente após a Semana de Arte Moderna de 1922. Porém, os artistas mesclavam as características do cubismo com outros estilos artísticos.

Nomes como Anita Malfatti, Rego Monteiro, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti foram alguns dos artistas que utilizaram as formas geométricas do cubismo em suas obras. Já na literatura, destaque para Oswald de Andrade, Raul Boop e Érico Veríssimo, que usaram aspectos como a “destruição da sintaxe” e o fim da linearidade.

                            
À esquerda, São Paulo (1924), de Tarsila do Amaral. À direita, Pietà (1966), de Rego Monteiro

Principais artistas cubistas


Pablo Picasso, Georges Braque, Juan Gris, Fernand Léger e Robert Delaunay foram alguns dos principais artistas do cubismo.
Picasso (1881-1973) foi um dos fundadores do cubismo. Seus anos de vida artística foram marcados por várias fases: a azul (1901-1904) que teve como principal acontecimento a morte de seu amigo Casagemas, o que levou suas obras a apresentarem uma monocromia como forma de expressar sua tristeza; a fase rosa, entre 1904 e 1907, no auge da sua paixão por Fernande, quando ele passou a utilizar desenhos eróticos e sensuais; por fim, o cubismo em 1907, com influências das artes africanas e o uso das formas geométricas.
Outro expoente do cubismo foi Georges Braque (1882-1963). Pintor e escultor francês que fundou o cubismo ao lado de Picasso. Sua vida artística começou cedo, ainda na empresa de pintura decorativa de seu pai. Suas primeiras obras foram expostas no Salão de Independentes em 1906, em Paris. No seguinte, conheceu Picasso com quem se manteve próximo até o início da Primeira Guerra. Em 1915, foi ferido na cabeça e foi agraciado com a Cruz de Guerra e da Legião da Honra.
O espanhol Juan Gris (1887-1927) também foi um artista de destaque desse movimento artístico. O pintou passou a usar as características do cubismo a partir de 1912, porém de maneira mais formal, sem a liberdade inventiva adotada por Picasso e Braque. Destaca-se como sua principal contribuição a introdução da visão espaço-tempo por meio da decomposição dos objetos.
Fernand Léger (1881-1955) estudou iniciou no Cubismo a partir das obras de Cézanne. Suas obras, apesar de apresentarem aspectos importantes desse movimento artístico, apresentaram novidades, como a utilização de cilindros e cones. Um exemplo é o quadro “Nus dans la forêt” (1909-1910). Léger buscava as abstrações curvilíneas e tubulares que contrastavam com as formas retilíneas de Brasque e Picasso.
O pintor francês Robert Delaunay (1885-1941) também foi um destaque do cubismo e adotou uma vertente que foi intitulada de “orfismo” pelo poeta Apollinaire. Isso porque suas obras apresentavam uma composição musical e um ritmo espacial diferente das demais. Outro destaque era a linguagem abstrata que expressava o dinamismo da vida moderna.


Curiosidades sobre o cubismo de Picasso

• O cubismo representou uma ruptura com tudo que Picasso havia estudado nas escolas de artes, como o Realismo;
• Seu primeiro trabalho cubista foi "Les Demoiselles d’Avignon”, criado depois do artista fazer uma visita na exposição de Paul Cézanne;
• Picasso divide a nome de 'pai do cubismo' com Georges Braque;
• A fase analítica foi desenvolvida por Braque tem este nome por analisar as formas do modo plano;
• Já o período sintético faz referência para as colagens;
• Os quadros de Picasso são uns dos mais caros do mundo. O quadro "As Mulheres de Argel” é a obra mais cara já leiloada na história, no valor de 179,3 milhões de dólares.


                     
As mulheres de Argel' foi a obra mais cara já leiloada no mundo, custando 179,3 milhões de dólares. (Foto: Wikipedia)
ATIVIDADE:

Ao longo dos nossos estudos podemos perceber que a Literatura e a História estão intimamente relacionadas.
Vocês deverão observar e analisar a obra abaixo e escrever algumas linhas do que compreendem a respeito da pintura de Pablo Picasso.
Após esta análise pessoal, façam uma breve pesquisa referente ao contexto histórico em que o quadro foi feito e construam pelo menos um parágrafo sobre suas impressões (agora conhecendo a história por trás da obra ).


Guernica é um óleo sobre tela de 351 x 782,5 cm. Está localizado no Museu de Reina Sofia, Madri, Espanha

Referências:

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/cubismo
https://www.todamateria.com.br/cubismo/

quarta-feira, 13 de maio de 2020

ATIVIDADE - PORF CAMILA MIRANDA - 3º A e B REGULAR


















Olá, turma!
Vamos dar continuidade aos nossos estudos sobre o Futurismo



ATIVIDADES






Texto referente à atividade 1:


Ode triunfal

  à dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
tenho febre e escrevo.
escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
  ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
em fúria fora e dentro de mim,
por todos os meus nervos dissecados fora,
por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
de vos ouvir demasiadamente de perto,
e arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
de expressão de todas as minhas sensações,
com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
em febre e olhando os motores como a uma natureza tropical 


grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força —
canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,
porque o presente é todo o passado e todo o futuro
e há platão e virgílio dentro das máquinas e das luzes eléctricas
só porque houve outrora e foram humanos virgílio e platão,
e pedaços do alexandre magno do século talvez cinquenta,
átomos que hão-de ir ter febre para o cérebro do ésquilo do século cem,
andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por estes volantes,
rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando,
 fazendo-me um acesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma.

 ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
ser completo como uma máquina!
poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
a todos os perfumes de óleos e calores e carvões
desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!
 [...]
  eia! e os rails e as casas de máquinas e a europa!
eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!
 galgar com tudo por cima de tudo! hup-lá!
 hup-lá, hup-lá, hup-lá-hô, hup-lá!
hé-la! he-hô! h-o-o-o-o!
z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!
  ah não ser eu toda a gente e toda a parte!

 londres, 1914 — junho.

 (fernando pessoa, em poesia completa de álvaro de campos, 2007)




Atividade de Literatura EJA - 1º e 2º LULA e CAMILLA


Escola Estadual José Ribeiro Pamponet
Língua Portuguesa e Literatura
NOTURNO= TF 1º e 2º                     Professores: LULA e CAMILLA

Linguagem e contexto

Linguagem denotativa e linguagem conotativa
Ø DENOTAÇÃO – é o emprego da palavra em seu sentido objetivo ou literal.                       Ex: Sempre gostei de doce de leite.
Ø CONOTAÇÃO – é o emprego da palavra em seu sentido subjetivo ou figurado.                    Ex: Mônica é um doce de pessoa.


         FRANK &  ERNEST





                               Bob Thaves. Frank & Ernest. O Estado de São Paulo, 28 dez. 2010.
01. Na charge, os amigos Frank e Ernest estão sentados em um banco de uma praça, enquanto um senhor, ao lado deles, parece ler um jornal.

a) Quem seria esse senhor com o qual Frank inicia um diálogo? Esclareça sua resposta.
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b) Observe o nome do jornal: Wall St. Journal. Considerando as palavras do senhor, explique que relação há entre o nome do jornal e Wall Street.
______________________________________________________________________________________________________________________________________
c) No texto, o que Frank queria saber quando disse ao senhor: “O topo dever ser solitário”?
______________________________________________________________________________________________________________________________________
d) Como o homem entendeu as palavras ditas por Frank?
______________________________________________________________________________________________________________________________________
02. Portanto, a palavra TOPO, no contexto, foi empregada com sentidos diferentes pelos interlocutores.
a) Na tira, qual das personagens utiliza a palavra TOPO com sentido objetivo, real ou literal? Justifique sua resposta.
______________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Explique por quem em “o TOPO deve ser solitário”, a palavra topo apresenta sentido subjetivo ou figurado.
______________________________________________________________________________________________________________________________________
03. Escolha uma palavra da qual você goste. Escreva com ela duas frases: na primeira, empregue-a no sentido denotativo; na segunda, no sentido conotativo. Explique o significado da palavra em cada caso.
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 A expressão de opiniões


                



Linguagem Visual










                    Leitura de imagem
01. Essa imagem é um CARTUM, gênero de texto humorístico. Diferentemente da CHARGE, que destaca um fato específico e recente, o cartum se refere a situações universais que podem ocorrer  com pessoas diversas, em lugares diferentes.
a) Quem a personagem da esquerda simboliza?
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b) Como o cartunista sugere, pela expressão da personagem, a atração do computador sobre ela?
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02. No texto não há a linguagem verbal. Acompanhe as setas que orientam a leitura do cartum.
a) Como se pode interpretar a direção das setas?
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b) Com que objetivo o jovem utiliza o robô e sua atividade?
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03. A atividade do jovem é realizada a distância, e ele acompanha atento todo o movimento do robô.
a) em geral, como são construídos os castelos de cartas? Por quê?
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b) Em sua opinião, essa atividade continua a ter o mesmo significado, quando feita pelo computador? Justifique sua resposta?
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04. Ao criar esse texto, o cartunista teve uma intenção. Após observar atentamente a imagem, como você interpreta essa intenção?
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05. O grande desenvolvimento da tecnologia modificou o comportamento das pessoas, pois as inovações se tornaram mais baratas e acessíveis, possibilitando múltiplos usos. A tecnologia tem servido de modo positivo ao ser humano? Explique sua resposta.
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06. Como você observou no cartum, o personagem é um internauta jovem. Os jovens são os maiores consumidores desse mercado tecnológico. Por que isso acontece?

Atividade de Literatura / Turma: 1* Ano Integral


conto é um dos gêneros narrativos mais comuns na tradição literária brasileira. A seguir você lerá um conto de Clarice Lispector.

Felicidade Clandestina


        Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".

        Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
        Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
        Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
        Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
        No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte.
        Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
        E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
        Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
        E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia.
        Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
        Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
        Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar ... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
        Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
        Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
                                                                                 Clarice Lispector


Compreensão e Interpretação do texto

01.   Os três primeiros parágrafos formam a introdução do conto lido. Neles, são apresentadas as características das personagens da história.
a)     Quais são as personagens principais da história?
b)    Que aspectos dessas personagens são ressaltados?
02.   Embora a filha do dono de livraria não tivesse muitas qualidades, algo a fazia parecer superior aos olhos da narradora. O que era?
03.   Observe estes trechos do texto:
·         “Mas que talento tinha para a crueldade.”
·         “Ela toda era pura vingança.”
a)     Por que, na opinião da narradora, a outra menina tinha talento para a crueldade?
b)     Qual é a explicação da narradora para o ódio e o desejo de vingança da menina?
04.   A posse do livro “As reinações de Narizinho” possibilitou à menina exercer sobre a narradora uma “tortura chinesa”, num jogo infindável de promessas e mentiras.
a)     Que características da menina e da narradora se observam nessa relação?
b)     Que consequências físicas resultam dessa tortura para a narradora?
c)     Explique: Por que a narradora se submetia a esse jogo criado pela menina?
05.   Um dia, a mãe descobre o jogo que a menina vinha fazendo com a narradora.
a)     O que parece ter chocado mais a mãe nessa descoberta?
b)     O que a decisão da mãe representou para a narradora?
06.   Sobre os elementos do conto, responda:
a)     Tipo de narrador e foco narrativo:
b)     Onde acontecem os fatos narrados?
07.   O que gerou o conflito na narrativa?
08.   Quando ocorre o clímax da narrativa?
09.   Por que  a narradora fingia que não sabia  onde tinha guardado  o livro e depois “achava-o”?