INTERPRETAÇÃO
E PRODUÇÃO DE TEXTO
Leia
os textos abaixo:
a)O que você vê na imagem? O que poderiam ser os
Dispositivos Anônimos?
b) O que pode provocar o humor nessa charge?
c) Além do humor, que crítica social é feita na charge?
d) Você concorda com a crítica feita por ele?
TEXTO
2- NOTÍCIA
PROFESSOR
USA FAKE NEWS PARA ENSINAR CIÊNCIA NA ESCOLA
Em
Ourinhos (SP), projeto com coleta de notícias falsas levanta debate sobre como
buscar fontes confiáveis para checar fatos antes de compartilhá-los.
Paula Adamo Idoeta -
@paulaidoeta - Da BBC Brasil em São Paulo
Alvo
de debate ao redor do mundo por seu possível impacto na democracia, as fakenews
- notícias inventadas geralmente com o objetivo de viralizar na internet e
influenciar consumidores e eleitores - têm sido usadas em uma escola particular
do interior paulista para ensinar pensamento crítico e pesquisa científica.
A
iniciativa é do professor de ciências Estêvão Zilioli, de Ourinhos (a 360 km de
São Paulo), que desenvolveu um curso semanal voluntário no contraturno para
alunos do ensino médio. Os próprios estudantes buscam as notícias de cunho
duvidoso para análise em sala de aula.
A
ideia é que eles próprios se perguntem: essa notícia tem fontes e dados confiáveis?
Merece ser acreditada e compartilhada?
"Eles
trazem as notícias das quais ficam desconfiados. Começamos com notícias de
ciências e saúde, mas os alunos se interessaram também por notícias de
entretenimento e política, por estarmos em um ano eleitoral", conta
Zilioli à BBC Brasil.
"O
método de checagem é o mesmo para todas: buscar informações de fontes
confiáveis. Estou falando de método científico, de busca de informações seguras
que possam ser demonstradas, até para eles entenderem que não é simples provar
as coisas."
A
aula se centra em discutir as notícias e em encontrar formas de checar as
informações online - buscando as fontes originais dos fatos ou pesquisando em
artigos acadêmicos, periódicos científicos, IBGE e sites de tribunais
eleitorais, por exemplo.
Entre
as notícias já analisadas, estão:
-
Uma de que frutas ingeridas em jejum curam câncer, que os alunos perceberam que
não tinha fontes seguras para garantir a afirmação do título;
-
A de uma mãe que teria aplicado botox na filha pequena (os jovens foram atrás
das imagens da mãe, que é participante de um reality show nos EUA, e estão
tentando tirar suas próprias conclusões pelos vídeos);
-
Uma do cientista Stephen Hawking, morto em março, falando sobre vida
extraterrestre (os alunos descobriram que a notícia em si não era falsa, mas
tinha um título exagerado);
-
Uma de que o juiz Sergio Moro seria orador em cerimônia de universidade
americana, a qual, apesar de ter algumas informações verdadeiras, trazia
declarações falsamente atribuídas a um pesquisador da instituição;
-
Uma sobre terraplanismo, difícil de ser analisada justamente por colocar em
xeque premissas científicas.
As
nuances das notícias têm sido úteis para os alunos entenderem a categorizá-las,
diz Zilioli. "Vimos que há notícias falsas, mas também as que são baseadas
em fatos verdadeiros, porém com títulos exagerados ou sensacionalistas",
explica o professor, notando uma mudança no comportamento dos estudantes.
"Eles
já estão mais treinados a ver o que é falso ou não do que recebem do grupo da
família (no WhatsApp) e pensam duas vezes antes de acreditar. Antes, se uma
matéria era compartilhada muitas vezes, eles achavam que necessariamente era
real. Agora, estão percebendo que esse critério numérico não vale. E mesmo que
eles percebam logo de cara que a notícia é fake, têm de confirmar isso com a
metodologia."
A
ideia fez o professor ser selecionado para o projeto Inovadores, do Google, que
o ajudou a idealizar um site - batizado pelos alunos de Ourinhos de
HoaxBusters, ou Caça-boatos -, que terá uma espécie de "termômetro"
para identificar o quanto cada notícia analisada tem de veracidade.
As
aulas vêm ajudando a estudante Giovana Domiciano Sanches, 16, a identificar
notícias falsas que circulam nos grupos virtuais nas e redes sociais.
"Algumas
são notícias velhas - quando vamos checar as datas e horários, vemos que tem
gente que posta links de 2013, por exemplo", conta Giovana à BBC Brasil.
"Pensando
em como o mundo avançou, com os meios de comunicação e a eleição do (presidente
americano Donald) Trump, é importante para a gente saber como verificar as
informações e compartilhar só depois de ver o conteúdo na íntegra, não só pelas
chamadas."
1.Releia este
trecho da notícia:
"Eles trazem as notícias das quais ficam
desconfiados. Começamos com notícias de ciências e saúde, mas os alunos se
interessaram também por notícias de entretenimento e política, por estarmos
em um ano eleitoral", conta Zilioli à BBC Brasil.
a) Como os
alunos do professor Estêvão fazem a checagem dessas informações trazidas para
aula? Você já fez esse procedimento?
b) Segundo o
professor, em quais fontes os alunos precisam checar as informações? Você já
usou essas fontes para pesquisa? Comente.
c) Que outras
fontes além das citadas no texto, podem ser pesquisadas para a veracidade da
notícia?
2.Leia as
informações do quadro responda às questões:
a)Quais as
notícias analisadas pelos alunos do colégio de Ourinhos podem se enquadrar em
conteúdo enganoso? Explique.
b)Qual das
notícias analisadas pelos alunos pode ter ocorrido conexão falsa? Explique.
c) Qual das
notícias pode ter disseminado conteúdo manipulado? Explique.
d) Em sua
opinião, por que muitas vezes pode ser difícil identificar uma fakenews?
3. Releia o
depoimento da estudante Giovana e responda às questões a seguir:
"Pensando em como o mundo avançou, com os meios de
comunicação e a eleição do (presidente americano Donald) Trump, é
importante para a gente saber como verificar as informações e compartilhar
só depois de ver o conteúdo na íntegra, não só pelas chamadas."
a)Que acontecimento a estudante atribui à disseminação das fakenews? Em sua opinião, que outros acontecimentos no Brasil e no mundo podem ter sofrido grande influência de notícias falsas?
b)Você
acha que as pessoas, de modo geral, sabem quais são as consequências de
compartilhar notícias falsas?
4.Releia
os depoimentos do professor e da estudante na notícia:
"Eles já estão mais
treinados a ver o que é falso ou não do que recebem do grupo da família (no
WhatsApp) e pensam duas vezes antes de acreditar. Antes, se uma matéria era
compartilhada muitas vezes, eles achavam que necessariamente era real.
Agora, estão percebendo que esse critério numérico não vale. E mesmo que
eles percebam logo de cara que a notícia é fake, têm de confirmar isso com
a metodologia." "Pensando em como o mundo avançou, com os meios de
comunicação e a eleição do (presidente americano Donald) Trump, é
importante para a gente saber como verificar as informações e compartilhar
só depois de ver o conteúdo na íntegra, não só pelas chamadas."
a)Quais
ideias centrais são defendidas pelo professor e pela estudante?
b)Que tipo de
argumento a estudante usou para justificar seu ponto de vista? Você considera
esse argumento forte? Explique.
c)Que tipo de
argumento o professor usou para justificar seu ponto de vista? Você considera
esse argumento forte? Explique.
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